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domingo, 31 de janeiro de 2010

Garopaba - Mais Fotos da Pedra Branca




Garopaba - Pedra Branca


Neste período de descanso garopabense realizei uma pequena e doce aventura. Subi o Pico da Pedra Branca bem cedo pela manhã para a contemplação em um horário para mim inédito e para fotografias, já que os crepúsculos permitem capturas privilegiadas.
Acordei 5:40, 6:20 iniciei a subida, que concluí pouco antes das 7:00. Com as chuvas dos últimos dias a trilha estava bem embarrada, o que impôs cuidados a mais.
Chegando ao topo, presenciei um belíssimo espetáculo.
Assim como na retomada do blog quando do início desta temporada fotográfica anexei um registro do pôr-do-sol na Lagoa da Conceição, agora para encerrar esta mesma temporada apresento fotos tiradas logo após o crepúsculo da manhã na minha amada Garopaba.
Concluo minhas férias e este período de postagens agradecendo a Deus por este país maravilhoso e por tudo de bom que aconteceu nesta viagem, agradecendo ainda aos meus familiares pelo apoio, aos velhos amigos e aos novos amigos feitos neste período.
Agradeço em especial à Tatiana, que começou este longo passeio comigo e depois acompanhou o seu desenrolar à distância, à Viviane, que esteve quase todos os dias e por várias vezes ao dia comigo por meio de mensagens, como se fosse meu anjo da guarda, à Denise, que representou apoio decisivo para a efetivação do blog, e à Fabiana, que bem me acolheu em Curitiba na parte final da viagem.
Vale muito conhecer o Brasil! Até a próxima!



"Homens e mulheres vêm sofrer de alegria..."



Cheguei em Garopaba quarta-feira, de onde devo partir para Porto Alegre na segunda-feira, 1º de fevereiro.
Estar em Garopaba é como estar em casa para mim. Oportunidade para descansar, rever amigos, entrar em comunhão com uma natureza maravilhosa e até para curar um resfriado contraído agora no final da viagem.
Oportunidade também para nesta época do ano presenciar a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, acompanhada de São Joaquim, padroeiro da cidade, de elevada significação para a comunidade local, antecipada para o dia 31 de janeiro, domingo. Além de participar do cortejo, fiz alguns registros fotográficos, sem que nesses momentos saísse da minha cabeça a música Dona do Dom, magnificamente interpretada pela Maria Bethânia, cujo fragmento que refere "Homens e mulheres vêm sofrer de alegria" parecia servir como uma luva para a ocasião.
Aproveitei igualmente para fazer as minhas preces praieiras.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Curitiba - Museu Oscar Niemeyer




Mais Fotos de Curitiba




Curitiba

Sempre imaginei Curitiba, cidade que não conhecia, como de expressão equivalente a Porto Alegre, capitais que são da Região Sul do Brasil. Não precisei mais do que algumas horas para desfazer o engano.
Com relação à vida cultural e ao ambiente natural, Curitiba supera Porto Alegre com larga vantagem. Nos meus dias em Curitiba, lá estive de sábado até quarta-feira, retomei intuitivamente a lembrança de uma música de uma antiga banda de rock do Rio Grande do Sul que dizia que estávamos "longe demais das capitais". Depois de conhecer Curitiba só me resta dizer lamentando que ainda estamos, não apenas no espaço, mas sobretudo no tempo, especificamente no que diz respeito à abertura para a modernidade como manifestação grandiosa.
Os sucessivos prefeitos de Curitiba com formação em arquitetura implantaram inúmeras soluções de comprovada eficácia em relação à estrutura e à funcionalidade da cidade, medidas que alcançaram o aplauso não só da comunidade local, mas também do mundo, o que se pode comprovar nos mais variados sítios urbanos.
Conheci muitos lugares que evidenciam a grandeza de Curitiba, principalmente no que toca a sua qualidade, agradabilidade e modernidade. São eles: o Jardim Botânico, o Largo da Ordem, o Museu Oscar Niemeyer, o Parque Tanguá, a Ópera de Arame e o Palco Paulo Leminski, da Pedreira. Digo de passagem que os dois patronos foram homenageados a sua devida altura, indiscutivelmente elevadíssima. Menciono tais lugares, sem prejuízo dos mais variados pontos da cidade pelos quais transitei vagarosamente de carro para bem apreciar a sua beleza e maravilha, que também dão prova inconteste do pensar elevado do povo de Curitiba, cidade dotada de uma modernidade monumental.
Por tudo isso e o mais que também me atrai na cidade e não há espaço aqui para contar, tenho agora Curitiba como destino preferencial.
Parti quarta-feira à tarde em direção a Garopaba.

Retirada de São Paulo

Sábado pela manhã parti de Tatuí em direção ao litoral sul do Estado de São Paulo, com foco em Cananéia.
Passei por uma série de cidades com vocação para o ecoturismo, entre elas Capela do Alto, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Piedade e Tapiraí.
Foi nos domínios da última que tive o imenso prazer de reencontrar o bioma denso de Mata Atlântica da Serra de Paranapiacaba, o qual não via desde Foz do Iguaçu.
Fiquei muito surpreso com a mata, que quase invade a estreita e belíssima estrada, a qual nada tem a dever às rodovias mais admiradas que conheço, entre essas a Rota Romântica do Rio Grande do Sul.
Assim, recomendo o passeio pela estrada da Serra de Paranapiacaba, que cruza o Município de Tapiraí, a qual desvela o exemplo de Mata Atlântica mais exuberante que vi até hoje. Além da altitude das árvores, muito superior às florestas litorâneas por mim conhecidas, a mata é bem mais fechada e ostenta formas comuns como os caetés e as bromélias, raros e enormes xaxins e deslumbrantes manacás-da-serra que em um colorido em flor magnífico eu nunca tinha desfrutado antes. Aliás, jamais tinha visto manacás em mata litorânea. Nessa região de São Paulo eles adornam sobremaneira o dossel da mata, somados ao amarelo igualmente em flor de outra árvore que não consegui identificar.
Foi terminar a descida da serra na cidade de Juquiá que o tempo adverso começou a se manifestar mediante chuva intensa e rios transbordando, entre eles o rio que dá nome à cidade e que quase a invadia, de tão caudaloso que estava.
Acessei a Rodovia Régis Bitencourt no litoral sul de São Paulo e reparei que efetivamente o tempo não estava para praia e encostas em Cananéia, com o quê abandonei a idéia para outra oportunidade e segui para Curitiba.
Nesse caminho tive duas outras belíssimas surpresas em matéria de Mata Atlântica: o Parque Estadual de Jacupiranga, alcançando entre outros os Municípios de Jacupiranga e Cajati, em São Paulo, e a Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba no Paraná. Nos dois casos admirei formações da Mata Atlântica às margens da rodovia cuja riqueza para mim era desconhecida. Montanhas esculturais, árvores altíssimas em mata densa, pequenas fontes e lagos magníficos adornam a estrada. Deixei de fotografar pelo mau tempo com chuva, que não permitiria bons resultados, que ficam para outra ocasião.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Tatuí

Na sexta-feira acordei em Tatuí, Estado de São Paulo, após ter chegado tarde da noite de um longo dia de viagem.
Escolhi a cidade para permanência por três motivos: era necessário evitar a capital do Estado, que se encontrava submersa em virtude das chuvas excessivas; Tatuí povoava a minha memória pela antológica gravação lá feita do Renato Teixeira com Pena Branca e Xavantinho, em obra que juntou preciosas canções da música caipira; e a cidade detém um conservatório musical reconhecido nacionalmente, sendo voltada em boa parte para a música, recebendo assim talentos de todo o Brasil para os seus bancos acadêmicos, o que dá conta de uma comunidade onde a cultura literalmente ressoa.
Preparei a bagagem e fui conhecer a cidade.
Diferentemente de Penápolis, com atividade rural de exploração de cana-de-açúcar e urbana comercial, Tatuí revela um perfil antigo e atual de cunho essencialmente industrial. Pena que em razão de tempos anteriores de dificuldade econômica, ora recém ultrapassados segundo os populares com quem conversei, o patrimônio histórico representado por prédios suntuosos esteja em deterioração. Mas esse mesmo patrimônio dá o testemunho interessantíssimo de um período histórico de extrema prosperidade industrial, como se percebe da sede abandonada da São Martinho Têxtil e da residência de seus antigos proprietários, da qual fiz registro fotográfico, assim como das várias vilas proletárias espalhadas pela cidade, que revelam a existência pretérita de uma vultosa classe trabalhadora, em comunidade na qual o emprego não devia faltar.
Nunca tinha observado em outras cidades esse desenho urbano histórico tão marcadamente voltado para uma sociedade industrial, nem na nossa Caxias do Sul, que sabidamente tem esse perfil.
Em Tatuí esse documento histórico em deterioração é ostensivo e impositivo sobre os olhos de quem a visita, perdendo espaço em parte apenas para a cultura musical.
A par das suntuosas e belíssimas moradias antigas dos grandes proprietários, as vilas proletárias atestam uma simplicidade e uma felicidade comoventes por meio de ruas estreitas e pequenas e modestas residências infinitamente repetidas pelas colinas da cidade.
Não é visível tensão social em Tatuí, muito antes, pelo contrário, as indústrias que recentemente se instalaram na cidade garantem um mínimo de dignidade à população, que aliás é bastante mesclada entre brancos e pretos.
Visitei locais da cidade que demonstram a sua inclinação para a música, como o enorme coreto localizado na Praça da Matriz, a Concha Acústica instalada em outra praça, o famoso conservatório musical, que agora seleciona os candidatos às vagas abertas para este ano. Também conheci a Igreja Matriz, muito bela, sobretudo em sua parte interna, e a Praça do Museu. Diga-se que a cidade é pródiga em grandes praças.
Por tudo isso, tive muito prazer em conhecer Tatuí, cidade cuja visitação recomendo.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Do Mato Grosso do Sul a São Paulo

Quarta-feira amanheci em Campo Grande e aproveitei para ir até a Casa do Artesão, espaço mantido pelo Poder Público para a exposição à venda de peças do artesanato regional. A visitação ao local é imperdível! Trata-se de um espaço avantajado, muito bem distribuído e localizado, que assim permite a efetiva valorização do trabalho artístico de elevada qualidade de vários artesãos do Mato Grosso do Sul. Foi o meu primeiro contato com um verdadeiro shopping de arte popular, que representa a justa apropriação pelos artistas de um formato de consumo da modernidade. Elogiei muito a iniciativa, comprei vários itens e lamentei não ter levado outros tantos.

Após o almoço parti da cidade morena, nome pelo qual é conhecida Campo Grande, rumo a Três Lagoas, última localidade da minha permanência no Estado do Mato Grosso do Sul, terra que deixa muita saudade por tudo que registrei até agora neste blog, bem como por outros motivos mais.

Já na quinta-feira de manhã, a partir de Três Lagoas, segui viagem rumo ao Estado de São Paulo.

Ao cruzar a divisa pela barragem da Usina de Jupiá adentrando o Estado de São Paulo, percebi que não seria exagero dizer que se trata de um outro país. A paisagem humana é completamente distinta. De um Mato Grosso do Sul preponderantemente rural e de estradas modestas e desertas, o ingresso em São Paulo revelou um Estado intensamente industrial, a par de rural também, dotado de rodovias absolutamente favoráveis ao bom tráfego de vários veículos em velocidade elevada. É bem verdade que há um preço. Ao longo das Rodovias Marechal Rondon e Castello Branco, na minha trajetória de cruzamento do Estado, paguei em pedágios R$ 41,00. Quanto ao patamar de crescimento econômico e adensamento populacional, o Rio Grande do Sul parece estar entre os extremos representados por São Paulo e pelo Mato Grosso do Sul.

Parei para almoçar em Araçatuba e segui viagem até Penápolis, que me causou uma impressão muito positiva. Lá tive a maravilhosa oportunidade de conhecer o Museu do Sol, espaço privilegiado para o contato com belíssimas amostras de arte Naïf ou Primitivista.

Sempre ouvi falar das pérolas engastadas no interior de São Paulo e ao conhecer Penápolis indiscutivelmente tive certeza de estar diante de uma delas. A cidade tem sua base econômica na exploração da cana-de-açúcar e revela uma estrutura urbana histórica plenamente preservada através de moradias conservadas com cuidado e espaços públicos valorizados e ativos. A cidade foi e é pujante e suas imagens revelam tal realidade.

Voltando ao Museu do Sol, trata-se de espaço localizado em uma linda casa que já foi a sede do clube da cidade e recebeu o acervo das obras criadas por Iracema Arditi, artista primitivista brasileira com reconhecimento internacional. A partir de então o museu passou a receber obras de artistas nacionais e internacionais do gênero Naïf ou Primitivista. Mais: o seu acervo já esteve na França e na Alemanha com pleno reconhecimento de sua qualidade. É mais um caso de desconhecimento nacional.

As obras expostas, em número que supera uma centena, são um mosaico temático e técnico variadíssimo e comovem pela demonstração das profundas raízes do povo brasileiro. Como é uma arte feita pelo povo, o zeloso guardião do acervo relatou que em muitos casos é quase impossível localizar os autores das obras depositadas no museu, dada a mobilidade dos pobres deste país. Anexei fotos do portal de entrada do museu, obra representada por entalhe em madeira da autoria de artista popular natural de Jundiaí, e de sua fachada. Após a apreciação do deslumbrante acervo tive muita curiosidade em pesquisar sobre os fundamentos da arte Naïf ou Primitivista.

De Penápolis segui para Tatuí, tida por Capital Nacional da Música.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Despedida da Chapada dos Guimarães


Hoje pela manhã fui ao terceiro mirante da Chapada dos Guimarães, chamado de Morro dos Ventos. A vista é belíssima e o entorno do mirante muito agradável. Trata-se de propriedade particular, havendo a necessidade de pagamento de ingresso com a oferta em compensação de um ambiente bem cuidado. Fiz algumas fotos da vista.
Depois retornei à pousada para arrumar a bagagem e partir rumo a Campo Grande, distância aproximada de 700 quilômetros, já que agora chegou a hora de retornar aos poucos para Porto Alegre.
Para contornar o Pantanal preparei o meu acervo de música pantaneira, que tocou durante quase toda a viagem. Confesso que chegando em Campo Grande deu uma vontade enorme de substituir a rota por São Paulo pelo retorno ao Pantanal, ao menos por alguns dias, mas vai ficar para outra vez. Há vários lugares para conhecer.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mais Fotos da Chapada dos Guimarães



Chapada dos Guimarães



Hoje o dia foi integralmente dedicado à exploração das belezas naturais da região da Chapada dos Guimarães. Por sorte, diferentemente de ontem, o sol brilhou e foi um lindo dia.
Necessariamente acompanhado de guia, fui ao Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, amostra generosa dos ambientes naturais do Cerrado, principalmente do chamado Cerrado em Sentido Estrito e da área de mata, essa com árvores de elevada altitude. Isso sem falar dos enormes paredões rochosos de arenito, cuja avistagem lá é privilegiada, das belíssimas quedas de água, entre elas a majestosa Véu de Noiva, e do Morro São Gerônimo, famoso pelos discos voadores.
Das quedas de água achei a mais bonita a das Andorinhas, que permite um banho delicioso na exata medida do calor das trilhas.
Quanto ao Morro São Gerônimo, uma pena que a visitação esteja fechada, quem sabe pelo aguardo de algum disco voador, assim como também está fechada em relação à base do Véu de Noiva, nesse caso pelo recente desmoronamento das frágeis encostas de arenito. Fica aqui o protesto pela pouca originalidade do nome Véu de Noiva. Fora isso, a paisagem é impecável.
Fui ao almoço na Salgadeira, local onde os antigos tropeiros salgavam a carne de gado, e após ao morro do controle aéreo militar, cuja altura é impressionante e a paisagem idem, e ao mirante do centro geodésico para a visualização no pôr-do-sol.
A Chapada dos Guimarães é uma paisagem natural imperdível. Apenas registro que no tocante à ocupação humana, sobretudo aquela voltada ao turismo, ocorrem fatos indesejáveis gerados pela baixa qualidade do serviço e pela popularização excessiva, repercutindo inclusive em prejuízo da preservação ambiental natural.

domingo, 17 de janeiro de 2010

"Num Ponto Equidistante entre o Atlântico e o Pacífico..."




Amanheci em Campo Verde e após o café da manhã tomei o rumo em direção à Chapada dos Guimarães em um percurso pouco abaixo dos 100 quilômetros de distância. A estrada é muito bela e aos poucos é perceptível o acréscimo de altitude, sobretudo com relação a Rondonópolis, o que viabiliza uma vista bastante privilegiada da região, com o Pantanal Norte sabidamente ao fundo.
Pouco antes do centro da cidade de Chapada dos Guimarães há um mirante que dá a noção visual do significado geográfico da localidade, bem como revela o marco geodésico representado pela equidistância entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, referência constante da letra de Um Índio, do Caetano Veloso. O misticismo está no ar.
Chegando ao centro acertei pouso e passeio já para a tarde, contratando um guia local, eu mais um casal com filho do Acre, para a Caverna Aroe Jari, cujo nome significa morada das almas e representa a maior gruta de arenito do Brasil. Tem uma formação surpreendente e é um corredor de vento entre seus dois extremos. Após fomos à Gruta da Lagoa Azul, cenário belíssimo que só não repetiu a magia de Bonito pelo fato de o dia estar nublado.
No final da caminhada, cuja extensão se aproximou dos 8 quilômetros, almoçamos na propriedade e após tomamos um refrescante banho na Cachoeira do Relógio.

De Rondonópolis até Campo Verde

Situação difícil é a chegada a uma cidade desconhecida tarde da noite como aconteceu comigo em Rondonópolis na sexta-feira, ainda mais quando chove a cântaros. É quase impossível conseguir informações. O caso de Rondonópolis foi exceção nesta viagem, ocorrida em razão da saída tardia de Campo Grande em comparação com a distância entre as duas cidades, ligadas pela rodovia mais movimentada pela qual transitei até agora, única a permitir o acesso entre o Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso.
Após jantar no shopping local fui à procura de hotel, tendo transitado na contramão por várias ruas em razão de informações equivocadas do GPS até encontrar hospedagem na minha medida.
Tudo resolvido com a escolha de um bom hotel, após uma excelente noite de sono fui nadar em um clube da cidade. Depois preparei a bagagem, almocei, comprei chocolates no shopping e parti em direção à Chapada dos Guimarães.
Apesar da rodovia movimentada e castigada pelas chuvas e pelos caminhões nesta época de escoamento da produção, novamente o visual foi fantástico. Primeiro, pela oportunidade de ver as comunidades de beira de estrada deste Brasil moreno dos lados de cá, aquelas cujos retratos conhecemos da literatura. Depois, pela beleza do cenário natural de fim de dia, que além da avistagem do famoso Rio São Lourenço no ponto em que encosta na comunidade de São Pedro da CIPA, permitiu que eu começasse a visualizar o ambiente da Chapada dos Guimarães, de singular magnitude.
Encontrei pouso na acolhedora e pujante cidade de Campo Verde para seguir no domingo durante o dia em direção à Chapada, apreciando a beleza da região.


sábado, 16 de janeiro de 2010

Entrando nas Terras do Mato Grosso

Acordei na sexta-feira em Campo Grande, deixei o hotel e fui ao Shopping Center da cidade para matar a saudade desse símbolo da urbanidade adensada, afinal são 19 dias de estrada! Almocei em um excelente fast food italiano, comprei chocolates na Kopenhagen, seis discos de música pantaneira e tomei o rumo de Rondonópolis.
Pelo caminho fiz mais algumas fotos da Serra de Maracaju, como a que agora anexo, que mais uma vez dá conta da sua beleza, adornando a estrada. Tenho dirigido devagar justamente para aproveitar a paisagem e quando vejo algo digno de registro prontamente paro o carro, desço e tomo a máquina fotográfica em punho.
Hoje tive mais um momento absolutamente privilegiado na viagem, na transição do Estado do Mato Grosso do Sul para o de Mato Grosso. O pôr-do-sol naquelas terras altas e levemente onduladas em meio a um mar de verde sem qualquer construção no entorno, contexto coroado por nuvens ideais, permitiu um espetáculo belíssimo e duradouro que eu desejo que todos um dia tenham a oportunidade de presenciar.